
A Tuna Económicas é a tuna académica do Instituto Superior de Economia e Gestão, nascida e criada no mesmo há mais de 30 anos, na freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa.
Decorria o ano de 1992, quando um grupo de jovens do ISEG ambicionava mais da vida académica do que a que neste existia. Sentiram a necessidade de fazer algo diferente, de se expressarem de outra forma dentro da comunidade, e o seu gosto comum pela música levou-os ao mesmo sonho: a criação de uma tuna no ISEG. Foi então que nasceu a “Gestuna”.
A “Gestuna” iniciava assim o seu percurso. Contudo o nome adotado não dignificava de igual modo todos aqueles que da comunidade do ISEG faziam parte, havendo a necessidade de o alterar, pois uma vez que a tuna representava um instituto, tinha de representar todos aqueles a que ele pertenciam. “Tuna Económicas” foi o novo nome adotado, em 1993, com o qual todos se identificaram e continuam a identificar nos dias que correm.
Após as dificuldades de desenvolver um projeto, que inicialmente se fazia acompanhar de condições um pouco precárias, e de conseguir implementar algo novo junto dos mais céticos, a Tuna Económicas afirma-se oficialmente pela 1ª vez a 9 de junho de 1994, nas comemorações do Dia de Portugal, no ISEG.
Apesar de ter sido dado o arranque da TE, os anos que se seguiram não usufruíram da mesma garra e capacidade de inovação que nos anos anteriores, sendo que a tuna passou por uma fase de “estagnação” durante um período de 3 anos.
Só em 1997, a força impulsionadora inicial voltou de novo à tuna, agora pela mão de 8 novos membros. Oito jovens com espírito aberto e empreendedor decidem dar continuidade ao que havia sido iniciado. Iniciaram assim uma nova fase na história da Tuna Económicas. Cada um deles deu origem a uma das oito famílias que constituem atualmente a nossa tuna: Gasparini, Fanhini, Mateusini, Canastroni, Antonini, Medeirini, Costatini e Vanessini.
Foi com o pouco que tinham que começaram a construir o repertório. Às guitarras que possuíam juntaram pandeiretas e alguns instrumentos de percussão, e claro, a voz de cada um. O amor e dedicação com que se entregaram a este projeto fez com que com o passar do tempo ganhassem brio e rigor naquilo que com tanto prazer faziam. A tuna começava a ser levada a sério, não por aqueles de que dela faziam parte, porque por esses sempre o foi, mas por aqueles que assistiam do lado de fora.
O profissionalismo com que se haviam dedicado elevou a tuna a um novo nível. Foi em 2001 que a TE se viu pela primeira vez reconhecida como uma entidade perante o Estado português, sendo escriturada como “Associação Tuna Económicas” em Cartório, nome registado no Registo Nacional de Pessoas Coletivas, com a devida publicação no Diário da República de Agosto de 2001. A tuna ganhou assim outra dimensão, pois a “brincadeira séria” tornou-se oficial.
A Tuna Económicas foi crescendo e como consequência as famílias aumentando. Com o passar do tempo foram-se juntando mais pessoas e com cada uma delas algo de novo para acrescentar à tuna. Juntaram-se à tuna pessoas completamente distintas entre si: umas com conhecimentos para partilhar, outras com sede de aprender, uns com jeito para cantar, outros para tocar um instrumento, outros para dar saltos de pandeireta, outros para graciosamente fazer estandarte, e até mesmo aqueles que com a sua boa aura contagiavam todos em seu redor. E com o bom aproveitamento do que cada um tinha para dar o bom trabalho que era desenvolvido deu azo ao aumento e melhoramento de repertório, a idas a festivais, a convívios de tunas, a viajar por Portugal fora.
Cada um destes acontecimentos deu origem a memórias, recordações e histórias que em muitos deixam saudade, pois foram vividos por aqueles que delas fizeram e que delas continuam a fazer parte, pois na Tuna Económicas há lugar para todos os que a ela querem pertencer verdadeiramente, para aqueles que querem dar continuidade ao seu legado e evoluir sempre para melhor.
Hoje, a tuna pode orgulhar-se de ter uma história. A história que por todos aqueles que por ela passaram foi escrita ao longo de mais de 30 anos e que continuará a ser escrita pelos que passarão.
É a nossa história, com todos os sucessos e insucessos, alegrias e tristezas, vitórias e derrotas, perdas e conquistas, pois nem só de bons momentos a nossa história é feita, os maus momentos também dela fazem parte, pois é destes que retiramos a lição e a força para querer fazer mais e melhor. Foram 30 anos a marcar a diferença!